Teste aponta que fosfo age contra melanoma; mas menos do que droga já usada ~ Esportes e noticias

sexta-feira, 3 de junho de 2016

Teste aponta que fosfo age contra melanoma; mas menos do que droga já usada

Teste aponta que fosfo age contra melanoma; mas menos do que droga já usada




Um novo relatório sobre a eficácia e a toxicidade da fosfoetanolamina sintética, mais conhecida como "pílula do câncer", aponta que o uso da substância em altas doses reduziu em 34% o tamanho do tumor de melanoma --um tipo de câncer de pele-- em camundongos.
A dose aplicada aos animais com efetividade foi equivalente ao que seria a ingestão de 40,5 mg/kg da substância por um ser humano. Essa quantidade é mais que o dobro da dose sugerida pelo pesquisador da USP São Carlos que distribuía a "pílula do câncer": 17,5 mg/kg. 
A eficácia do composto em altas doeses foi menor do que a da cisplatina, um dos compostos utilizados para o tratamento do câncer atualmente. Os animais que receberam cisplatina tiveram redução de 68% do tumor após o tratamento. 
A pesquisa feita pelo CIEnP (Centro de Inovação e Ensaios Pré-Clínico), e financiada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, separou os roedores em grupos. Num deles foi administrada diariamente uma dose de 200 mg/kg de fosfoetanolamina sintética, em outro 500 mg/kg da mesma substância, e no último 2 mg/kg de cisplatina.
O tratamento com a fosfoetanolamina foi aplicado uma vez por dia ao longo de 24 dias no total. Já com a cisplatina foram três doses na primeira semana e uma dose por semana nas duas últimas.
Este é o primeiro teste feito pelo grupo de trabalho do MCTI que apontou alguma eficácia da substância. O melanoma é o câncer de pele mais frequente no Brasil (25% de todos os tumores registrados), de acordo com o INCA (Instituto Nacional de Câncer).

Sem efeito em baixa dose

A fosfoetanolamina sintética na dose menor (200 mg/kg) não teve efeitos no tratamento do câncer. Já os animais que receberam a dose maior, de 500 mg/kg, tiveram redução de 34% nos tumores de melanoma após três semanas de tratamento. O grupo que recebeu cisplatina teve uma redução do tumor em 68%.
As doses utilizadas pelos pesquisadores foram definidas por meio de uma fórmula que equivale a dose administrada em humanos e em animais. A dose de 500 mg/kg para os camundongos equivale a 40,5 mg/kg por dia para humanos.
A dose recomendada pelo pesquisador que criou a "pílula do câncer", produzida pela USP São Carlos, era de 17,5 mg/kg por dia. Só um pouco a mais que a dose equivalente para humanos da 200 mg/km para roedores: 16,2 mg/kg.

Não houve eficiência contra outros tipos de tumor

Um teste feito pelo Núcleo de Pesquisa e Desenvolvimento de Medicamentos da Universidade Federal do Ceará avaliou que, apesar de não ser tóxica, a "pílula do câncer" não teria nenhuma eficácia no tratamento do câncer.
Foram testados dois tipos diferentes de tumores inoculados nos ratos: o Carcinossarcoma 256 de Walker e o Sarcoma 180. A fosfoetanolamina utilizada foi fornecida pelo governo federal, e as doses, de 1g/kg (o dobro da pesquisa do CIEnP), foram ajustadas ao longo dos 10 dias de pesquisa de acordo com o peso dos animais.
Um grupo recebeu a fosfo, outro soro fisiológico e outro a substância ciclofosfamida, amplamente utilizada no tratamento do câncer. O resultado dos testes não indicou diferenças entre os tamanhos dos tumores dos ratos tratados com a fosfoetanolamina e dos que receberam o soro fisiológico. 
Ampliar

Veja os dez cânceres mais comuns em homens e mulheres19 fotos

10 / 19
O câncer de pele é o mais comum entre todos os cânceres. De acordo com o Inca (Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva), a estimativa é que sejam diagnosticados 175.760 casos novos a cada ano no Brasil, sendo 80.850 em homens e 94.910 em mulheres. O valor corresponde a 29% do total estimado de novos casos de câncer em 2016, que é de 596.070 casos. Para saber quais são os cânceres mais comuns em homens, clique na esquerda do álbum. Se quiser descobrir os tipos da doença que afetam as mulheres, navegue pela direitaVEJA MAIS >Imagem: iStock/ Wavebreakmedia

0 comentários:

Postar um comentário